Victorino João Carlos Dantas PEREIRA ®
(1804-1867)
Isabel Maria da CONCEIÇÃO

Guilherme Augusto da Cunha DANTAS ®
(1849-1888)

 

Relações da família

Cônjuges/Filhos:
1. Benvinda PEREIRA

Guilherme Augusto da Cunha DANTAS ® 1

  • Nascimento: 11 Dez 1849, São João Baptista, Ilha Brava, Cabo Verde 2
  • Baptizado: 19 Dez 1849, São João Baptista, Ilha Brava, Cabo Verde 2
  • Casamento (1): Benvinda PEREIRA
  • Óbito: 24 Mar 1888, Praia, Santiago, Cabo Verde com 38 anos de idade 1
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Símbolo  Notas gerais:

A caricatura apresentada baseou-se numa descrição feita por José Lopes:

"Estou a vê-lo, bem presente, tez alourada, cabelo castanho claro e anelado, olhos da côr de certos topázios, tristes e vagos, a inseparável luneta, o chapéu de côco e o também inseparável fraque, a bengala de cerejeira e as botas fortes...", José Lopes, "Guilherme Dantas", in Vida Contemporânea, Junho,1935".

O autor desta caricatura é João Raimundo Gomes Brito, natural de São Vicente, licenciado em Comunicação Social \endash cinema e vídeo, professor na Escola secundária Jorge Barbosa, em Mindelo. Adoptou o nome artístico de Joray, é também artista plástico, cartunista e foi colaborador do jornal A Semana. [comentário de Brito-Semedo, na sua "Esquina do Tempo"]

NB: Eugénio Tavares também o descrevia de forma demelhante, como se pode ler no recorte inserido nesta página

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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:

• Atividade literária: escritor. 1 .
Segundo Brito Semedo:
"Guilherme da Cunha Dantas pode ser considerado o primeiro escritor cabo-verdiano (na época, no sentido regional). O facto de ter nascido e morado quase toda a vida em Cabo Verde (Brava, 1849 - Santiago, 1888), o período de produção literária, a quantidade, qualidade e diversidade da sua obra, que trazem como referência a sociedade e a cultura do arquipélago, são factores que assim o atestam."

• Nota biográfica:,. Regressado a Cabo Verde, pelos finais de 1868, Guilherme Dantas entrou para a administração pública como amanuense da Contadoria da Junta da Fazenda e é designado para prestar serviço como encarregado da guarda e conservação (bibliotecário) na recém-criada Biblioteca e Museu Nacionais de Cabo Verde, de 1871 a 1876.

A partir de 1872, Guilherme Dantas publica poemas, contos e crónicas no Novo almanach de lembranças luso-brazileiro (Lisboa, 1851-1930) e no jornal A Imprensa (Praia, 1880-1881).

Em 1877, juntamente com Joaquim Augusto Barreto (Santiago, 1854 - São Vicente, 1878), colabora no primeiro jornal não oficial, o Independente (Praia, 1877-1889), um "jornal politico litterario e commercial, dedicado aos interesses da provincia de Cabo Verde".

Guilherme Dantas, conforme José Lopes da Silva (São Nicolau, 1872 - São Vicente, 1962) foi um poeta lírico e romântico, mas como jornalista foi um temível polemista na linha de Augusto Barreto e Eugénio Tavares, além de escrever artigos de crítica literária.

A sua obra, reunida e publicada postumamente, é constituída por Poesias (Praia, 1996); Memórias dum Pobre Rapaz (Praia, 2007), romance; e Contos e Bosquejos (Praia, 2017), contos e crónicas.


Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 893 de 9 de Janeiro de 2019.

• Nota biográfica: constante no site da Academia Cabo-verdiana de Letras,,. Em virtude de ser patrono da cátedra nº 05 das 40 desta Academia

"de dez anos, a maior parte dos quais em Mafra, em cuja Escola Real fez estudos secundários.
Regressado a Cabo Verde em 1869, parece ter tido dificuldade em adaptar-se a um meio agora sentido demasiado estreito, vindo a morrer '96 desamparado e infeliz '96 em 1888, na Praia.
No estatuto atual da historiografia literária, pode ser considerado o primeiro escritor cabo-verdiano.
Obras do autor: Contos singelos (Nhô Pedro ou Cenas da ilha Brava e Cenas de Mafra), vários textos em prosa publicados em vida do autor.
Obras publicadas postumamente: Bosquejos dum passeio ao interior da ilha de Santiago 137, Os intrujões 19, O sonho (Memórias dum doido)."



• Atividade literária: escritor e poeta.
Leia mais (em língua francesa) aqui.
NB: A página indicada faz parte de um "site qui est réalisé par Christophe Chazalon à partir de mai 2018".



• Obra / Publicação: Memórias dum Pobre Rapaz,,. "Memórias dum Pobre Rapaz é o entretecimento de duas histórias românticas de profundo amor e paixão cuja acção se situa na segunda metade dos anos oitocentos, sob a influência do terceiro romantismo português, e decorre em dois espaços físicos distintos e complementares, Portugal Continental e as Ilhas de Cabo Verde."

Comentário de M. Brito Semedo



• O que se conta desta pessoa: seus últimos momentos.
Ver o recorte ao lado extraído de um artigo "in memoriam", redigido por Francisco Lopes da Silva e publicado no nº 359 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 26-06-1969


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Guilherme casou com Benvinda PEREIRA. (Benvinda PEREIRA faleceu em †.)


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Fontes


1 Jorge FORJAZ, Genealogia das ilhas do Fogo e Brava e de Bisssau - Subsídios, 2 volumes (Ponta Delgada, Açores, Portugal: Letras LAVAdas, 2019), vol. 1: pg. 260.

2 "Divulgados por FamilySearch," registo de batismo nº 42; Arquivo Nacional de Cabo Verde, Praia; clique aqui

"Cabo Verde, Registros Paroquiais, 1787-1957," database with images, FamilySearch (https://familysearch.org/ark:/61903/3:1:3QS7-892S-YSP2?cc=2246703&wc=SFVV-6T5%3A1396422903%2C1396419301%2C1396502515 : 23 October 2014), Brava > São João Baptista > Batismos 1848-1855 > image 12 of 149; Arquivo Nacional de Cabo Verde (Cape Verde National Archives), Praia.

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