Daniel Rui de Almeida FONSECA
- Nascimento: 1945, Praia, Santiago, Cabo Verde
- Óbito: 5 Jan 1969, Moçambique com 24 anos de idade
- Sepult.: 21 Nov 1969, Praia, Santiago, Cabo Verde
Notas sobre o óbito:
Faleceu, no dia 5 de Janeiro de 1969, vítima de ferimentos em combate, devido ao ataque inimigo ao quartel da Cruz Alta, na Serra do Mapé
Eventos de relevo na sua vida:
• Colocado tinha a patente militar de alferes Ver nesta página, o recorte extraído de uma nota publicada no nº 380 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 20.11.1969.
• Condolências ou Agradecimento de condolências: a 27 Fev 1969,. O recorte ao lado é o da notícia publicada em 27-02-1969 no nº 342 do semanário capitalino "O Arquipélago"
• Condecoração: Medalha de Prata de Valor Militar, com palma, a 1 Jul 1969. Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 16 '97 2.ª série, de 1969: Por Portaria de 1 de Julho de 1969: Condecorado com a Medalha de Prata de Valor Militar, com palma, a título póstumo, nos termos do artigo 7.º, com referência ao § 1.º do artigo 51.º, do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, o Alferes Miliciano de Infantaria, Daniel Rui de Almeida Fonseca, da Companhia de Caçadores n.º 2321, Batalhão de Caçadores n.º 2837, Batalhão de Caçadores n.º 10, porque no passado dia 5 de Janeiro, cerca das 5 horas, aquando do ataque inimigo ao estacionamento da sua Companhia, teve comportamento heroico, abnegado, valente e corajoso.
Iniciado o ataque, levado a efeito por numeroso grupo inimigo, que, dispondo de armas automáticas, lança-granadas-foguetes e morteiros médios e ligeiros, procurava tirar partido do facto do estacionamento da Companhia se encontrar ainda num incipiente grau de organização, o Alferes Fonseca, perfeitamente cônscio do perigo que o referido estacionamento corria, imediatamente se dirigiu ao sector onde o ataque era mais forte e, a peito descoberto, reorganizou a defesa daquele sector, incitou os seus subordinados e, dando mostras de muito sangue-frio e coragem, indiferente ao perigo, com desprezo absoluto pela vida, manteve-se sempre fora das trincheiras, fazendo tiro de pontaria ajustada, até que, perto do fim do ataque, foi atingido mortalmente por estilhaços de uma granada de morteiro lançada pelo inimigo.
Com tão heroica conduta, o Alferes Fonseca reafirmou as extraordinárias qualidades militares já evidenciadas anteriormente, em campanha, noutras acções, mercê das quais os seus superiores hierárquicos o consideravam, desde há muito, como um valoroso oficial subalterno, a cujo exemplo de sangue-frio, valentia, abnegação e coragem se fica a dever, em grande parte, o êxito alcançado pela sua Companhia na defesa do seu estacionamento.
Demonstrando, como demonstrou, brilhantemente, na referida acção, alta compreensão da grandeza do dever militar, o Alferes Fonseca honrou sobremaneira as gloriosas tradições das instituições militares portuguesas.
• Anúncio: da chegada do corpo, a 20 Nov 1969,. Ver o recorte ao lado extraído de uma nota publicada no nº 380 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 20.11.1969.
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