Aniceto António Ferreira Alvares MENDES ® ¹

  Eventos de relevo na sua vida:

• Nota biográfica:,.
• Fidalgo
• Brigadeiro do Exército
• Cavaleiro da Ordem de Cristo
• Feitor da Real Fazenda da Ilha da Boavista
• Capitão-Mor da Ilha da Boavista, Cabo Verde
• Governador da Ilha da Boavista
• Carta de Brasão de Armas 14.10.1803: Alvares; Mendes

• Prestou serviço militar na Companhia Regular em Mai 1798 em Cabo Verde. ² Capitão Mor Comandante da Ilha da Boavista, segundo o decreto de 4 de Maio de 1798 (cf ao lado o recorte da Gazeta de Liboa de 15-12-1798)

• Brasão de Armas: dos Alvares e Mendes, 14 Out 1803. Escudo partido em pala: Na primeira pala as Armas dos Alvares, que são em campo de ouro um Listão Vermelho posto em banda, que sai das bocas de duas Cabeças de Serpe, Verdes Realçadas de Prata, entre duas Caldeiras axadrezadas de Vermelho e Prata, postas em contrabanda, e em cada encaixe das asas, uma Cabeça de Serpe, também Verde; virada para fora. Na segunda pala as Armas dos Mendes, que são em Campo Azul um muro entre duas Torres de prata, com sua porta no meio, tudo lavrado de preto e o contra-chefe vermelho, partido em pala: na primeira, uma cabeça de mouro, toucada de prata, e cortada em sangue, e na segunda três lanças de ouro com os ferros de prata, postos em roquete.
Elmo de prata aberto guarnecido de ouro.
Paquife dos metais e cores das Armas.
Timbre dos Alvares, que é um pescoço com Cabeça de Serpe de ouro, Armada de Vermelho, e por Diferença uma brica de ouro com uma arruela de azul.

• Descendência: filhos.
• Margarida Ferreira c. Joaquim José de Barros
• Apolónia Ferreira c. António Joaquim Martins
• Júlio Cândido Ferreira
• Maria Josefa Ferreira c. 1775 Manuel António Martins
• Eufémia Ferreira c. Hipólito José Xavier de Almeida

• O que se conta desta pessoa. "Terá também sido por volta de 1830 que morreu Aniceto António Ferreira Álvares Mendes. Este reinol de Nelas, que, entre 1765 e 1767, esteve matriculado na Universidade de Coimbra, primeiro nos Instituta, para poder depois inscrever-se em Cânones, viveu a maior parte da sua vida no arquipélago, onde foi talvez ofuscado pelo brilho da estrela maior da família, o genro Manuel António Martins. Antes de este se ter fixado nas ilhas, já Aniceto António Ferreira era senhor de um longo trajecto curricular, disseminado entre o serviço público, como capitão-mor, comandante, feitor e almoxarife, e o interesse particular. Empreendedor, dedicara-se à agricultura e à criação de gado, mas também à revitalização do comércio do sal na ilha da Boavista, empenhando-se com afinco na limpeza de salinas já abandonadas, na abertura de outras, na construção de dois cais, um de madeira, que a população destruiu, e, posteriormente, um de pedra. Como dissemos noutro volume, Aniceto António Ferreira foi, juntamente com Manuel Alexandre de Medina e Vasconcelos, à Corte, no Rio de Janeiro, como delegado do governador Coutinho de Lencastre, e lá redigiu dois trabalhos com propostas para fazer prosperar a economia e a sociedade insulares. Em 1821, foi igualmente dos primeiros no arquipélago a aderir ao novo regime constitucional, disponibilizando-se para ir como emissário ao Reino levar a boa-nova da adesão da ilha da Boavista. Era cavaleiro da Ordem de Cristo e brigadeiro de Infantaria de Linha, reformado, desde 2 de Janeiro de 1822."

Fonte: Os Medina e Vasconcelos: História de uma Família, vol. 3 (Coronéis em guerra), Lisboa, Escritório Editora, pp. 142-143.
AHU-Cabo Verde, cx. 61, doc. 29.

Aniceto casou com Filipa Inês da Graça e SILVA, filha de João da Silva SOARES e Inês da GRAÇA, em Rabil, Boavista, Cabo Verde. (Filipa Inês da Graça e SILVA nasceu cerca de 1760 em Boavista, Cabo Verde ^{1 3} e faleceu em †.)