Virgílio Avelino PIRES ®
- Nascimento: 25 Abr 1935, Cidade da Praia, Santiago, Cabo Verde
- Companheiros (1): Maria Teresa dos Santos MEDINA ®
- Casamento (2): Maria de Lourdes BARBOSA AMADO ®
- Óbito: 22 Mar 1985, Lisboa, , Lisboa, Portugal com 49 anos de idade
Virgílio também usou o nome Djila.
Eventos de relevo na sua vida:
• Foto jovem.
• Foto idade madura:
• Nota biográfica: constante no site da Academia Cabo-verdiana de Letras,,. Em virtude de ser patrono da cátedra nº 32 das 40 desta Academia
"Virgílio Avelino Pires nasceu a 12 de Abril de 1935 na Praia e faleceu a 22 de Março de 1985 em Lisboa, com 49 anos de idade. Filho de Maria Teresa Cabral (1913-1993) e de Henrique Avelino Pires (1902-1993), ele parece ter permanecido solteiro. Depois de estudar na escola secundária do Mindelo, tornou-se funcionário administrativo até 1964, quando partiu para Angola. Lá, tornou-se chefe dos postos de Chinhama, Bela Vista, Huambo."
• Foto de família. Virgílio (à esq.) e sua mulher (à dta), vindos de Angola, posaram para a foto com os pais de Virgílio (Henrique e Teresa - ao centro) e irmãos.
• Atividade literária: foi colaborador no nº9 da Revista CLARIDADE, em Dez 1960, em Mindelo, (Nossa Srª da Luz) São Vicente, Cabo Verde. NB-1: Apresentamos em seguida a capa e o índice do N.º 9 (último nº da revista) gentilmente divulgados por Joaquim Saial no seu site "Praia de Bote". Com a devida vénia, eis a seguir, um extrato do publicado por Saial (AQUI). Poderá consultar no "Praia de Bote" as capas e os índices dos 9 números da revista Claridade (1936-1960), que segundo Saial: "Fica assim aberto ao público o presente acervo, facilitador para quem estuda estes assuntos e que, ao que supomos, não existe noutro local da internet" NB-2: todos cujos nomes comportam um link, têm uma página genealógica nesta árvore, acedida por esse link.
Propriedade do Grupo "Claridade"; Director: João Lopes; Editor: Joaquim Tolentino (com a habilitação legal) - Administração em S. Vicente de Cabo Verde; Composto e Impresso na Sociedade de Tipografia e Publicidade, Lda. - S. Vicente, Rua Brites de Almeida, n.º 12 [sem indicação de preço, agora com 84 páginas, o maior número de sempre] Textos e colaborações: - Capa: Carregadeiras, linóleo, de Abílio Duarte [Neste derradeiro número de "Claridade", pela primeira vez surgem ilustrações: esta e uma outra, de Rogério Leitão, na página 70] - Páginas 2 a 5: História do Tempo Antigo, de António Aurélio Gonçalves - Páginas 5 a 10: Beira do Cais, de Virgínio Melo [trata-se de Teobaldo Virgínio, que editará este conto em livro do mesmo nome, juntamente com "Ondê Menina, Ondê Vaidade" e "Colóquios de Aldeia" num livrinho da Colecção Imbondeiro, Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira, Angola, em Março de 1963. Curiosamente, é o último livro que entrou na nossa biblioteca cabo-verdiana, há três dias, apenas] - Páginas 10 a 12: Titina, de Virgílio Pires - Páginas 12 a 15: Noite, de Viirgílio Pires - Páginas 15 a 23: Cantigas de Ana Procópio, de Félix Monteiro - Página 24: Girasol [poema], de Corsino Fortes - Página 25: Vendeta [poema], de Corsino Fortes - Página 26: Pecado Original [poema], de Corsino Fortes - Página 27: Meio-Dia [poema], de Corsino Fortes - Página 28: Paixão [poema], de Corsino Fortes - Páginas 29 e 30: Noite de S. Silvestre [poema], de Corsino Fortes - Páginas 31 a 33: Roteiro da Rua de Lisboa. Poema n.º 4. Nocturno, de Jorge Barbosa - Página 34: In Memoriam de Belarmino de Nhô Talef [poema], de Ovídio Martins - Página 35: Desesperança [poema], de Ovídio Martins - Páginas 36 e 37: Historieta [poema], de Francisco Mascarenhas - Páginas 37 e 38: Desencontro [poema], de Virgínio Melo [Teobaldo Virgínio, como vimos] - Páginas 38 e 39: Vinte e Quatro Horas [poema], de Virgínio Melo - Página 39: Roteiro [poema], de Virgínio Melo - Página 40: Agora e Eu [poema], de Virgínio Melo - Página 41: Testamento Para o Dia Claro [poema], de Arnaldo França - Página 42: Soneto [poema], de Arnaldo França - Páginas 43 a 50: A Família de Aniceto Brasão, de Henrique Teixeira de Sousa - Páginas 51 a 57: O Resgate, de Francisco Lopes - Páginas 58 a 60: Pedacinho, de Baltasar Lopes - Páginas 60 a 63: Egídio e Job, de Baltasar Lopes - Páginas 64 a 69: A Originalidade Humana de Cabo Verde, de Pedro de Sousa Lobo - Página 70: Linóleo de Rogério Leitão [mulher a pilar o milho] - Páginas 71 e 72: Cutchidêra lá di Fora [poema em crioulo], de Jorge Pedro - Páginas 72 a 74: Nha Tabaquêro [poema em crioulo], de Jorge Pedro - Páginas 75 e 76: Texto português dos dois poemas de Jorge Pedro - Página 77: Fonte de nha Sodade [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni - Páginas 77 e 78: Tempo Feliz [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni - Páginas 79 e 80: Texto português dos dois poemas de Sérgio Frusoni - Páginas 81e 82: Texto anónimo de antecipação sobre este colóquio inserido no programa do V Centenário do Descobrimento de Cabo Verde - Página 83: Registo. [um interessante texto anónimo] - Página 84: Túnica [poema],de Osvaldo Alcântara [Baltasar Lops]
• Morava em Mai 1971 em Lisboa, , Lisboa, Portugal. Ver o recorte nesta página, extraído de uma nota publicada no nº 457 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 13-05-1971
• Anúncio: desresponsabilização de dívidas, a 13 Mai 1971,. Ver o recorte ao lado, extraído de uma nota publicada no nº 457 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 13-05-1971
• O que se conta desta pessoa: texto extraído do discurso proferido por Sua Excelência Dr. Jorge Carlos de Almeida Fonseca, Presidente da República, no acto oficial das comemorações do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, a 18 Out 2014, em Santiago da Ribeira Grande (Cidade Velha), Cabo Verde. Virgílio Avelino Pires, PALADINO DA LIBERDADE, fez da sua escrita um hino à insubmissão e à dignidade e, talvez por isso, a sua contribuição tenha sido algo silenciada.
Virgílio Pires, conhecido entre os amigos por Djila, é um escritor de excepção, autor de HERANÇA, nome que é também o da obra onde se reúnem todos os seus contos. <…Dizer dele que era um grande escritor de contos curtos, é um rótulo expedito para não ver o essencial. O conto homónimo onde o livro vai buscar o título não é apenas uma obra prima literária, é um texto fundacional…>, assevera-nos um estudioso de Virgílio Avelino Pires (Luis Cunha). <…Virgílio Avelino Pires com esse texto tocou como nenhum outro o mais fundo e essencial da alma cabo-verdiana… ele desenhou pela primeira vez a figura inteira, integral, total (do ponto de vista humano, filosófico, religioso, mítico…) do Homem Caboverdiano. Com Puxim, Virgílio Avelino Pires conseguiu que a ideia abstracta e idealizada de um ser, de uma figura colectiva, se materializasse, se tornasse uma referência tangível, sólida, real, próxima, familiar, de carne e osso…>
Ora, falar de Virgílio Avelino Pires na Cidade Velha, território onde a nossa fundação bebe as suas raízes, é falar do gesto fundador de Puxim, porque, entre muitas outras coisas, ele explica como ninguém o que foi e tem sido a cabo-verdianidade. Ele criou para nós o primeiro herói cabo-verdiano, Puxim. Aquele que lutou contra tudo e contra todos (Deus, Natureza, Homens, Morte), e é no meio da solidão total, do mais absoluto abandono, que ele, qual fénix crioulo, renasce das suas próprias cinzas, e nos torna seus herdeiros, afagando na ponta da sua enxada órfã, a terra da esperança e do futuro, este país onde hoje nos encontramos como Nação. Puxim representa a esperança, a força espiritual, a força interior para lutar e enfrentar as adversidades, a fé inamovível no futuro. Como diria Aguinaldo Brito Fonseca em outro poema, foi "Pela estrada longa da minha esperança" que aprendemos com Puxim o "Cântico da manhã futura" (Osvaldo Alcântara)...>.
• Atividade literária: escritor. Leia mais (em língua francesa) aqui. NB: A página indicada faz parte de um "site qui est réalisé par Christophe Chazalon à partir de mai 2018".
• Condecoração: Primeira Classe da Medalha do Vulcão, a 3 Jul 2015, em Cabo Verde. (A título póstumo)
Ver na figura ao lado, o extrato do Decreto-Presidencial de 03.07.2015, publicado no BO nº 40, I Série de 03-07-2015 (página 1312) NB: todos os que estão assinalados com um ponto vermelho e realçados a amarelo, têm uma página genealógica nesta árvore.
Virgílio teve uma relação com Maria Teresa dos Santos MEDINA ®. (Maria Teresa dos Santos MEDINA ® nasceu em Cabo Verde, faleceu a 9 Jan 2018 em Lisboa, , Lisboa, Portugal e foi sepultada em Jan 2018 em Lisboa, , Lisboa, Portugal.)
Virgílio a seguir casou com Maria de Lourdes BARBOSA AMADO ®, filha de Matias BARBOSA AMADO ® e Mariana Aida Vasques Carvalho ALFAIA. (Maria de Lourdes BARBOSA AMADO ® nasceu em Ns. Senhora da Graça, Praia, Santiago, Cabo Verde e faleceu a 27 Jan 2022 nos Estados Unidos da América.)
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