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António Manuel MARTINS ®
(1866-)
Maria Doroteia PINTO ®
(1863-)
Manuel Ramos de SOUSA ®
(1866-1952)
Hortência Maria da CÂMARA ®
(1878-1907)
Belarmino Estanislau Pinto MARTINS ®
(1895-)
Adélia Maria da Conceição SOUSA ®
(1895-1980)

Ovídio Sousa MARTINS ®
(1928-1999)

 

Relações da família

Cônjuges/Filhos:
1. Maria Joana RODRIGUES

Ovídio Sousa MARTINS ®

  • Nascimento: 17 Set 1928, Mindelo, (Nossa Srª da Luz) São Vicente, Cabo Verde
  • Casamento (1): Maria Joana RODRIGUES
  • Óbito: 29 Abr 1999, Lisboa, , Lisboa, Portugal com 70 anos de idade
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Símbolo  Notas gerais:

Nasceu a 17 de Setembro de 1928 na cidade do Mindelo, ilha de S. Vicente. É descendente do conselheiro Manuel António Martins. Frequentou o Liceu Gil Eanes da sua ilha natal e matriculou-se na Faculdade de Direito de Lisboa (UCL) cujo curso não concluiu devido à sua deficiência auditiva. Residiu em Lisboa até 1973. Devido à sua militância antifascista e anticolonialista foi perseguido e preso pela P.I.D.E. - D.G.S. Exilou-se em Amesterdão, Holanda, regressando ao seu país depois da Revolução do 25 de Abril de 1974. Funcionário do Ministério da Educação de Cabo Verde. Como poeta é defensor de uma poesia em crioulo mas cultiva no entanto a escrita em português. Colaborou em: Claridade, Cabo Verde - Boletim de propaganda e informação, Suplemento Cultural, Alerta! e Novo Jornal de Cabo Verde; depois da independência de Cabo Verde no Voz di Povo, Raízes, Ponto & Vírgula, Mujer, etc.; nos portugueses Vértice, Suplemento Literário do Jornal de Notícias, Mensagem (CEI), Notícias do Embondeiro, no belga Le Journal de Poètes, etc. Figura em: Antologia da poesia negra de expressão portuguesa, Paris, 1958; Modernos poetas cabo-verdianos - Antologia, Praia, I. de Santiago, 1961; Estrada Larga, selecção de textos e de poesias do suplemento "Cultura e Arte" do jornal O Comércio do Porto, s/d (1962); Mákua 2 - antologia poética, Sá da Bandeira, Angola, 1963; Antologia / da Terra Portuguesa - Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, Macau e Timor, Lisboa, s/d, (1963?); Poetas e Contistas Africanos, São Paulo, Brasil, 1963; e Literatura africana de expressão portuguesa, (vol. l, poesia) Argel, Argélia, 1967; La poésie africaine d'expression portugaise, Paris, 1969; Contos portugueses do Ultramar, Porto, 1969; Vuur en ritme, Amesterdão, Holanda, 1969; Poesia africana di rivolta, Bari, Itália, 1969; e No reino de Caliban - Antologia panorâmica da poesia africana de expressão portuguesa, Lisboa, 1975; Antologia temática da poesia africana l - na noite grávida de punhais, Lisboa, 1976; Antologia temática da poesia africana 2 - o canto armado, Lisboa, 1979; 50 poetas africanos, Lisboa, 1989; No Ritmo dos Tantas, Brasília, Brasil, 1991; etc. • Publicou: Caminhada, Lisboa, 1962, C.E.I., 79 p. (p); Tutchinha, Sá da Bandeira, Angola, 1963, ed. Imbondeiro, 27 p. (c), (por erro de impressão o título saiu assim grafado mas numa 2.3 edição o título veio corrigido: Tchutchinha); Gritarei, berrarei, matarei - Não vou para Passárgada, Roterdão, Holanda, s/d (1973) 116 p., (p); Independência, Praia, 1983, Instituto Cabo-verdiano do Livro e do Disco, (cr). 1

Símbolo  Notas sobre o nascimento:

Cidade do Mindelo - Cabo Verde


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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:



• Foto criança: 13 Ago 1932.



• Foto jovem.



• Atividade extra curricular: Cerca de 1953. Ovídeo Martins ao piano, Armando da Silva no violão e Fernando Quejas ao violino



• Caricatura / desenho: meia idade.



• Foto meia idade:



• Atividade literária: foi colaborador no nº1 do "Suplemento Cultural do Boletim de Propaganda e Informação de Cabo Verde", em Out 1958, na Cidade da Praia, Santiago, Cabo Verde.
NB: Apresentamos em seguida, a capa e o índice do N.º 1 gentilmente divulgados por Joaquim Saial no seu site "Praia de Bote". Com a devida vénia, eis a seguir um extrato do publicado por Saial:

"O nosso amigo Manuel Brito-Semedo, sempre atento, chama no seu blogue Esquina do Tempo a atenção para a passagem dos 60 anos do "Suplemento Cultural" do "Boletim de Propaganda e Informação de Cabo Verde" que agora está a ser editado em fac-simile. Ali pontuaram Aguinaldo Brito Fonseca, Francisco Lopes da Silva, Gabriel Mariano, Ovídio Martins, Carlos Alberto Monteiro Leite, José Augusto Monteiro Pinto, Sylvia Crato Monteiro, Terêncio Anahory e Yolanda Morazzo, entre outros.
Praia de Bote alia-se à comemoração, publicando a capa do n.º 1 (existente na sua Biblioteca Cabo-Verdiana, bem como vários outros), o índice do mesmo e dois estudos de Pedro Gregório"

Linóleo da capa: de José dos Santos em reprodução de Luís de Melo"



• Atividade literária: foi colaborador no nº9 da Revista CLARIDADE, em Dez 1960, em Mindelo, (Nossa Srª da Luz) São Vicente, Cabo Verde.
NB-1: Apresentamos em seguida a capa e o índice do N.º 9 (último nº da revista) gentilmente divulgados por Joaquim Saial no seu site "Praia de Bote". Com a devida vénia, eis a seguir, um extrato do publicado por Saial (AQUI). Poderá consultar no "Praia de Bote" as capas e os índices dos 9 números da revista Claridade (1936-1960), que segundo Saial: "Fica assim aberto ao público o presente acervo, facilitador para quem estuda estes assuntos e que, ao que supomos, não existe noutro local da internet"
NB-2: todos cujos nomes comportam um link, têm uma página genealógica nesta árvore, acedida por esse link.

Propriedade do Grupo "Claridade"; Director: João Lopes; Editor: Joaquim Tolentino (com a habilitação legal) - Administração em S. Vicente de Cabo Verde; Composto e Impresso na Sociedade de Tipografia e Publicidade, Lda. - S. Vicente, Rua Brites de Almeida, n.º 12 [sem indicação de preço, agora com 84 páginas, o maior número de sempre]
Textos e colaborações:
- Capa: Carregadeiras, linóleo, de Abílio Duarte [Neste derradeiro número de "Claridade", pela primeira vez surgem ilustrações: esta e uma outra, de Rogério Leitão, na página 70]
- Páginas 2 a 5: História do Tempo Antigo, de António Aurélio Gonçalves
- Páginas 5 a 10: Beira do Cais, de Virgínio Melo [trata-se de Teobaldo Virgínio, que editará este conto em livro do mesmo nome, juntamente com "Ondê Menina, Ondê Vaidade" e "Colóquios de Aldeia" num livrinho da Colecção Imbondeiro, Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira, Angola, em Março de 1963. Curiosamente, é o último livro que entrou na nossa biblioteca cabo-verdiana, há três dias, apenas]
- Páginas 10 a 12: Titina, de Virgílio Pires
- Páginas 12 a 15: Noite, de Viirgílio Pires
- Páginas 15 a 23: Cantigas de Ana Procópio, de Félix Monteiro
- Página 24: Girasol [poema], de Corsino Fortes
- Página 25: Vendeta [poema], de Corsino Fortes
- Página 26: Pecado Original [poema], de Corsino Fortes
- Página 27: Meio-Dia [poema], de Corsino Fortes
- Página 28: Paixão [poema], de Corsino Fortes
- Páginas 29 e 30: Noite de S. Silvestre [poema], de Corsino Fortes
- Páginas 31 a 33: Roteiro da Rua de Lisboa. Poema n.º 4. Nocturno, de Jorge Barbosa
- Página 34: In Memoriam de Belarmino de Nhô Talef [poema], de Ovídio Martins
- Página 35: Desesperança [poema], de Ovídio Martins
- Páginas 36 e 37: Historieta [poema], de Francisco Mascarenhas
- Páginas 37 e 38: Desencontro [poema], de Virgínio Melo [Teobaldo Virgínio, como vimos]
- Páginas 38 e 39: Vinte e Quatro Horas [poema], de Virgínio Melo
- Página 39: Roteiro [poema], de Virgínio Melo
- Página 40: Agora e Eu [poema], de Virgínio Melo
- Página 41: Testamento Para o Dia Claro [poema], de Arnaldo França
- Página 42: Soneto [poema], de Arnaldo França
- Páginas 43 a 50: A Família de Aniceto Brasão, de Henrique Teixeira de Sousa
- Páginas 51 a 57: O Resgate, de Francisco Lopes
- Páginas 58 a 60: Pedacinho, de Baltasar Lopes
- Páginas 60 a 63: Egídio e Job, de Baltasar Lopes
- Páginas 64 a 69: A Originalidade Humana de Cabo Verde, de Pedro de Sousa Lobo
- Página 70: Linóleo de Rogério Leitão [mulher a pilar o milho]
- Páginas 71 e 72: Cutchidêra lá di Fora [poema em crioulo], de Jorge Pedro
- Páginas 72 a 74: Nha Tabaquêro [poema em crioulo], de Jorge Pedro
- Páginas 75 e 76: Texto português dos dois poemas de Jorge Pedro
- Página 77: Fonte de nha Sodade [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni
- Páginas 77 e 78: Tempo Feliz [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni
- Páginas 79 e 80: Texto português dos dois poemas de Sérgio Frusoni
- Páginas 81e 82: Texto anónimo de antecipação sobre este colóquio inserido no programa do V Centenário do Descobrimento de Cabo Verde
- Página 83: Registo. [um interessante texto anónimo]
- Página 84: Túnica [poema],de Osvaldo Alcântara [Baltasar Lops]



• Categoria / função laboral: jornalista do < Voz di Povo >, a 23 Jul 1975. (Cf. ao lado um extrato do BO nº13 de 27 de setembro de 1975)

• Nota biográfica: em 1999,. O itinerário de Ovídio Martins parte de Mindelo (ilha de São Vicente), onde nasceu, em 1928. Depois de ter completado o liceu nesta cidade, o jovem Ovídio Martins segue para Lisboa, em 1947, e matricula- se na Faculdade de Direito. Mas, por razões de saúde principalmente (perda quase completa da audição), nunca chegará a terminar os estudos jurídicos.

Apesar de tudo, mantém uma importante actividade cultural e política. Duramente perseguido pela sua militância anti-fascista e preso pela P.I.D.E.-D.G.S., Ovídio Martins, como grande número de emigrantes cabo-verdianos, refugia-se em Amesterdão, regressando a Cabo-Verde só depois da independência.

A sua participação na vida cultural e política caboverdiana começou bastante cedo. Ovídio Martins foi um dos fundadores do Suplemento Cultural (1958), grupo que pretendia romper radicalmente com os arquétipos europeus e orientar a actividade criadora dos escritores para os temas de raiz cabo-verdiana, num tom mais veemente e mais protestatário. Em 1962 são publicadas duas obras de O.Martins: "Caminhada" (poemas), em Lisboa e "Tchutchinha" (contos), em Angola. Porém, o livro que mais repercussão vai ter na vida literária do autor intitula-se precisamente "Gritarei, berrarei, matarei, não vou para Pasárgada".

A partir de 1977, Ovídio Martins colabora também na revista Raízes, publicada na capital cabo-verdiana e dirigida por Arnaldo França. Participam ainda na, mesma revista poetas e romancistas de prestígio, tais como António Aurélio Gonçalves, Baltasar Lopes, Corsino Fortes, Arménio Vieira, etc.

Merecem ainda ser assinaladas, nesta breve nota biográfica de Ovídio Martins, outras publicações em que o poeta colaborou: Claridade, Cabo Verde, Vértice, Suplemento literário do Jornal de Notícias, Notícias do Imbondeiro, Le Journal des Poètes (Bélgica).

Autoria/Fonte www.revues-plurielles.org -"Latitudes" nº 6 - Septembre 99

• Artigo na Imprensa / Notícia: a 29 Abr 2010,. Recordar Ovídio Martins

(29 de Abril de 1999... 29 de Abril de 2010)

Há precisamente 11 anos calava-se para sempre uma das vozes mais expressivas de Cabo Verde
Ovídio Martins é um escritor e jornalista Cabo-verdiano, que pugnou pela luta de libertação. Estabelecendo-se num campo de batalha - a literatura, e nessa trincheira travou uma luta sem ferro, nem clarim , mas nem por isso menos heróica.

O poeta nasceu a 17 de Agosto de 1928, em S. Vicente , e ali fez os seus estudos primários e secundários. Mais tarde tentou cursar Direito, curso que acabou por abandonar por dificuldades auditivas. Perseguido pela PIDE, teve de se exilar na Holanda. Após a independência nacional regressou a Cabo Verde, mas mesmo assim na qualidade de combatente da liberdade não terá enfrentado bons momentos , dado à sua postura crítica, e à sua imbatível coerência. Foi fundador do Suplemento Cultural instrumento estético-literário que pretendia ser o porta - voz dos problemas candentes do arquipélago.

O poeta faleceu era 29 de Abril de 1999. Após o seu falecimento e inceneração em Lisboa-Portugal as suas cinzas foram transladadas a seu pedido, e foram espalhadas no mar, na ponta do Farol-Praia Santiago de Cabo Verde.

Deixou as seguintes obras:

Caminhada, 1962 - Poemas
100 Poemas - Gritarei, Berrarei, Matarei - Não ou para pasárgada, 1973 - Poemes em Português e em crioulo de São Vicente
Tchutchinha, 1962 - Novela

Poemas em crioulo de crioulo de São Vicente:

• Liberdade, Nôs morte, Hora nô ta bá junte, Cantá nha pove, Cretcheu, Um spada na mon, Comparaçon, Consciénça, Um r'bêra pa mar, Dstine, Ma de canal, Pescador, Cantáme
29-4-2010, 11:11:18
ASR, Expresso das Ilhas



• Foto 3ª idade:

• Nota biográfica: constante no site da Academia Cabo-verdiana de Letras,,. Em virtude de ser patrono da cátedra nº 30 das 40 desta Academia

"Ovídio Sousa Martins nasceu a 17 de setembro de 1928 no Mindelo e faleceu a 29 de abril de 1999 em Lisboa, aos 70 anos de idade. Filho de Adélia Maria da Conceição Sousa (1896-1980) e de Belarmino Estanislau Pinto Martins (1895-), casou com Maria Joana Rodrigues, de quem teve pelo menos um filho, Luís Carlos. Depois de estudar na Escola Secundária Gil Eanes, iniciou a licenciatura em Direito na Universidade de Lisboa, mas não a concluiu, aparentemente devido a um problema de audição. Ele viveu em Lisboa até 1973. Antifascista e militante convicto, foi perseguido pela PIDE, de modo que se exilou em Amesterdão até à Revolução de 25 de Abril de 1974, altura em que regressou a Cabo Verde. Depois entrou para a função pública, no Ministério da Educação."



• Atividade literária: escritor e poeta.
Leia mais (em língua francesa) aqui.
NB: A página indicada faz parte de um "site qui est réalisé par Christophe Chazalon à partir de mai 2018".


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Ovídio casou com Maria Joana RODRIGUES.


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Fontes


1 João Nobre de Oliveira, A Imprensa Cabo-verdiana (1820-1975) (Edição da Fundação Macau - Direcção dos serviços de Educação e Juventude; Setembro de 1998, por ocasião da visita oficial a Cabo Verde do Governador de Macau, General Vasco Rocha Vieira. ISBN 972-658-017-X).

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