Arsénio Daniel Fermino de PINA ®
- Nascimento: 5 Mai 1935, São Nicolau, Cabo Verde
- Óbito: 21 Nov 2022, Lisboa, , Lisboa, Portugal com 87 anos de idade
Eventos de relevo na sua vida:
• Morava em Mindelo, São Vicente, Cabo Verde.
• Trabalhou como Médico pediatra e de Saúde Pública. Aposentado dos Serviços de Saúde de Cabo Verde e das Nações Unidas (OMS).
• Obra / Publicação: Livros publicados,,. Além de manuais e outros textos da sua especialidade: Uli-me li!!, Fi d'cadon!, Você falou de Economia de Bazar?, Mania de pensar, "O cérebro, esse Órgão Perigoso", Coisas do Djunga!...,Quel canapé de Tr3s Pê, Reflexões e Factos Diversos, Passadores de Pau, Ês ca ta cdi!, Adeche!, Vendilhões em vários templos.
• Categoria / função laboral: nomeação definitiva como médico de 2ª classe, em 1971. Ver o recorte ao lado extraído de uma nota publicada no nº 480 do semanário capitalino "O Arquipélago" em 21-10-1971
• Nota biográfica: extrato da notícia necrológica publicada no "A Nação", a 24 Nov 2022,. Natural de São Nicolau, Arsénio Fermino de Pina tem o seu nome ligado à história da saúde pública em Cabo Verde, particularmente no período pós-independência.
Militante da independência de Cabo Verde, na clandestinidade em Portugal e no seu arquipélago natal, juntamente com outros colegas foi responsável pelo sistema de planeamento familiar, através do célebre "PMI/PF" (Programa Materno Infantil-Planeamento Familiar), montado na ilha de São Vicente em 1977 e que, depois, com o seu sucesso, seria estendido às restantes ilhas deste arquipélago.
Em resultado desse programa, que incluía campanhas de vacinação e educação familiar, programa essa apoiado pelo governo sueco, o número de filhos por mulheres foi reduzindo, melhorando com isso as condições de saúde dessa camada da população, bem como das crianças cabo-verdianas.
Arsénio Fermino de Pina foi também quadro da Organização Mundial de Saúde (OMS) em vários países africanos, experiência essa que foi relatando em vários dos seus artigos em jornais e revistas.
Colaborador do A NAÇÃO
Aliás, cidadão atento e crítico, Arsénio de Pina tinha uma verdadeira paixão pela escrita cívica. Foi colaborador de vários periódicos, inclusive no A NAÇÃO. Aqui publicou inúmeros dos seus artigos, normalmente, sobre a saúde pública, mas também sobre a política e questões internacionais. Era um crítico do neoliberalismo selvagem e anti-ambientalista, mas também dos regimes autoritários, inclusive o que vigorou em Cabo Verde de 1975 a 1991.
Arsénio de Pina foi, entre outras iniciativas, membro da Adeco (Associação de Defesa dos Consumidores) e do Congresso dos Quadros Cabo-verdianos na Diáspora.
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